*advertência **
Todos os textos e imagens deste blog são de autoria do seu proprietário, exceto aqueles cuja autoria esteja explicitamente indicada, e são protegidos pela lei de direitos autorais. A divulgação não comercial será tolerada, desde que citado o autor e a fonte.
Idêntico tratamento espero receber das pessoas físicas e jurídicas proprietárias de imagens ou textos utilizados neste blog, às quais, caso não concordem com o uso nestas condições, asseguro o direito de solicitar que sejam retirados.

domingo, 21 de junho de 2009

I Seminário Cidadania e Diversidade

No dia 15 de maio desse ano aconteceu na cidade de Cruz das Almas o I Seminário Cidadania e Diversidade realizado no Auditório da Pós-Graduação da UFRB uma parceria entre o Grupo LGBT Omni de Cruz das Almas e a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Na época não tive a oportunidade de registrar nesse blog o meu agradecimento à Elizangela Gomes (presidenta do Grupo OMNI) pelo convite a mim direcionado para participar do evento (como representante do Coletivo Feminista Marias e da União da Juventude Socialista-Salvador) contribuindo com a mesa de discussão, infelizmente, por motivo de trabalho, não pude ir prestigiar o seminário, mas deixo aqui registrado agora o meu agradecimento pelo convite e a todos os membros do Grupo OMNI por terem recebido a Logo desenhada por mim para ser o símbolo do Grupo OMNI, espero que ela traga boas energias para que a caminhada desse grupo tão sério em suas lutas. As seis argolas com símbolos do feminino e do masculino assim organizadas na ilustração abaixo formam a multiplicidade que é a sexualidade, multiplicidade que pode e deve conviver na devida harmonia, a violência está no desrespeito a essa multiplicidade sexual. Lembro que ao receber o convite de Elizangela Gomes fiquei um tanto tensa e nervosa por não saber como e o quê falar na mesa como palestrante, me imaginei perdida em meio a palestrantes como Olívia Santana (PCdoB-Salvador) uma pessoa a quem admiro, senti-me incapaz de fornecer informações claras a respeito de sub-temas como violência contra homossexuais, então comecei a puxar pela memória nas muitas vezes em que tive o rosto apontado no ginásio, na humilhação que sentia ao ouvir comentários homofóbicos no colegial, na tristeza silenciosa que é ter que lutar por um espaço dentro de meu próprio lar e ter a obrigação de provar minha capacidade intelectual,... Penso que para um homossexual/bissexual/polissexual/transexual, dados estatísticos sobre homofobia servem apenas para ilustrar páginas de jornais e revistas e/ou ocupar lacunas nos noticiários televisivos, e talvez essa minha opinião bastante pessoal seja radical o bastante para ser exposta dessa forma tão pública, mas pra mim o que conta de verdade é a forma como sou cobrada ao acordar, é como irei reagir hoje ao sair de casa tendo que agüentar todos os dedos sendo apontados para mim, é como irei digerir tais comentários violentos na universidade,... Não sou tratada com a mesma poesia que meu semelhante trata alguém heterossexual, e isso sim faz diferença no meu dia de vida, penso que a poesia é tão universal, é um “bom dia” de Sol. Talvez, o que devesse levar para mesa de discussão fosse resumida em uma pequena frase “Ao acordar, receba o Sol com os braços abertos e seja feliz! O que vier de bom depois, é lucro!”

Aproveito o espaço para agradecer também aos palestrantes convidados: Olívia Santana (PCdoB - Salvador), Rafael Carvalho (GLICH - Feira de Santana) e Beth Silva (PT - Salvador).





EDUCAÇÃO!!

VAMOS ENSINAR NOSSO POVO A SER HUMANO!!

Texto de Priscila Pimentel

quarta-feira, 17 de junho de 2009

SOCORRO!! SALVEM NOSSOS MUSEUS!!


Museu Carlos Costa Pinto pode fechar por falta de verba

No ano em que comemora quatro décadas, museu perde 70% do seu orçamento e fica deficitário

De acordo com a diretora responsável pela fundação, Mercedes Costa, omuseu passa por sérias dificuldades. Segundo Mercedes, a verbarepassada pelo governo da Bahia foi cortada em cerca de 70%. Alémdisso, o Estado não fez o repasse do recurso referente ao mês de maio.

Pelo menos 18 colaboradores foram demitidos. Aos sábados e domingos omuseu já não abre mais as portas. A partir de julho deve ser fechadototalmente, em razão das dificuldades encontradas para pagamento dasdívidas.

...............................................................................

segunda-feira, 15 de junho de 2009

“Shirê Oba, a festa do rei”

"É um espetáculo teatral? Ou uma ação que se renova em cada execução?", essa foi uma análise encontrada num blog pessoal que resume todo o espetáculo “Shirê Oba, a festa do Rei” e que destaquei para ilustrar minhas próprias reflexões a respeito do mesmo. Antecedendo o espetáculo, ainda do foyeh do teatro, o público é recepcionado pelos atores dançando e gerando som com o próprio corpo numa coreografia ritualística de “boas vindas”, ao menos, assim é compreendida pelo público leigo das tradições ritualísticas africanas. Muitos pontos forte merecem ser destacados, como o cenário que leva o público para dentro de um grande terreiro que integra o espectador fazendo de nós elementos cênicos que participam do espetáculo; A iluminação é tão delicada e tão caprichada que chega a ser tridimensional quando transpassa o trançado dos cestos de palha pendurados no teto criando uma espécie de cápsula desenhada no espaço que envolve cada pedaço de chão do palco, várias cápsulas, a luz se faz tão presente que por vezes chega a ser confundida com o texto apresentado e passa despercebida pelo público como elemento cênico; O som tem toda a sua particularidade, a maneira como eles utilizaram o som para criar toda a ambientação do espetáculo chega a vestir os atores como uma névoa que contorna os corpos seduzindo-os a realizar tais movimentos, seguir tais direções e sentidos, som que se faz indivíduo quando o texto aparece em “gravação-chave” para nos lembrar que naquele momento existe uma mensagem própria, uma passagem individual. No instante em que estava sentada em bancos desconfortáveis soltos no contorno da sala absorvendo o olhar dos atores a poucos centímetros de meus olhos, senti o desconforto de estar dentro de um terreiro de Candomblé, desconforto por não sentir afinidade com aquilo e nenhum interesse em especial por conhecer, contudo, após duas semanas de reflexão, analiso hoje aquela experiência como um investimento real de cultura, o terreiro não foi apropriado para um apresentação cênica dentro de um teatro, mais sim cada elemento cênico foi pensado como pesquisa de uma cultura que está entranhada em cada elemento da nossa cidade.

Texto de Priscila Pimentel
_________________________________________
Shirê Obá – A Festa do Rei
Cia de Teatro Nata
Dias 13, 14, 20, 21, 27, 28 de junho – 18h
(sábados e domingos)
Cabaré dos Novos
Teatro Vila Velha
Ingressos: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia)
_________________________________________

domingo, 14 de junho de 2009

E aqueles que foram vistos
dançando, foram julgados
insanos por

aqueles que não podiam
escutar a música.
Nietzsche
ccccccccccccc c c c c c

sábado, 13 de junho de 2009

A Importância do ato de ler

RESUMO: FREIRE, Paulo. A Importância do ato de ler: em três artigos que se completam / Paulo Freire. – 47.ed. – São Paulo, Cortez, 2006. Alfabetização de adultos e bibliotecas populares – uma introdução* , p.22 a 35.

A importância da educação como ato político, a consciência crítica da alfabetização, a neutralidade da educação,... Esses são alguns dos pontos tratados nesse capítulo, e analiso como ponto de partida a importância clara da visão política da diplomacia onde o conhecimento deve ser polido e selecionado para cada público/aluno/leitor pois entendo que cada um de nós é responsável pelo conhecimento que possuímos e o mesmo não deve ser passado a todos da mesma forma e tempo, isso responde a questões claras no processo da alfabetização. A alfabetização nada mais é que um conjunto de conhecimentos pensados e principalmente praticados de forma consciente de modo a esclarecer questionamentos trazidos pelas próprias experiências vividas e/ou estudadas por cada um de nós, a chamada biblioteca popular, isso fica bastante claro quando o autor afirma a respeito da educação ser a “intimidade das consciências, movidas pela bondade dos corações, que o mundo se refaz...” (p.28), essa “bondade” é a porta da democracia do arte-educador necessária para conduzir o aprendiz ao universo do conhecimento sugerido pela leitura e propor, assim, várias outras conclusões. A democracia está em ouvir a todos independente do grau de estudo da pessoa aprendiz, pois a democracia faz parte da percepção de todo bom arte-educador, e o arte-educador deve sempre se utilizar de táticas para se colocar no lugar do aprendiz de modo a estar também aberto para o conhecimento a ser trocado, a mensagem que fica aqui é de que nós, educadores, precisamos parar de agirmos como “coitadinhos” diante de situações em que nos dispomos em patamares menos elevados e assumirmos todo o conhecimento que já temos. A “inocência” deve ser pensada como tática para nos deixarmos abertos para novos conhecimentos, e não abdicarmos nossas vivências nos tornando seres “medíocres”, quanto a isso Freire se coloca como sendo “importante, porém, ao renunciar a “inocência” e ao rejeita a esperteza, é que, na nova caminhada que começa até os oprimidos, se desfaça de todas as marcas autoritárias e comece, na verdade, a acreditar nas massas populares.” (p.31). O ingênuo tático seria aquela pessoa mais disponível para o conhecimento, aquela que está sempre aberta para o novo e que estabelece relação entre experiências anteriores e debate isso constantemente, entramos assim, no questionamento da leitura, tratada como ato criador e ato político gerando uma linha de raciocínio crítico no leitor, observamos isso quando o autor escreve “a alfabetização como ato de conhecimento, como ato criador e como ato político é um esforço de leitura do mundo e da palavra” (p.30), a leitura aqui não apenas gera um saber falar, um falar bonito, o leitor é de fato um ser pensante e atuante na sociedade em que vive.
Resumo feito por Priscila Pimentel
____________________________

terça-feira, 9 de junho de 2009

OSBA E NEOJIBÁ APRESENTAM CONCERTO DIDÁTICO PARA O PÚBLICO INFANTO-JUVENIL

A Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA) e a Orquestra Sinfônica Juvenil Dois de Julho (J2J), formação do projeto Neojibá, realizam Concerto Didático nesta quarta-feira, 10, às 16h30, na Sala Principal do Teatro Castro Alves. Sob a regência do maestro Ricardo Castro, as duas Orquestras, pela primeira vez juntas, apresentam um programa especialmente voltado para o público infanto-juvenil. Nesta edição, o maestro Ricardo Castro irá abordar, na segunda parte da apresentação, principalmente as Aberturas para Concertos. E, para ilustrar o tema, a OSBA e a J2J executarão a vigorosa Abertura da composição Os Mestres Cantores de Nuremberg, de Richard Wagner. Ao todo, serão 160 músicos no palco, numa apresentação que promete encantar a todos. O projeto Concerto Didático tem caráter lúdico e de formação de plateia. A direção cênica, texto original, cenário, figurino e narração são da atriz Rita Carelli.
A entrada é franca.

Fonte e maiores informações: http://www.tca.ba.gov.br/09/0609/ConcertoDidatico_OsbaNeojiba_10jun.htm

sexta-feira, 5 de junho de 2009

As fotografias abaixo foram feitas por Gabriela Lima no primeiro dia da apresentação do poema "Cachorro Rabugento Morto em Noite Chuvosa", quarta cena no projeto "Ato de Quatro" do mês de maio.





























Agradecimentos a: Nelson Magalhães Filho, Dana Rebouças, Gabriela Lima, Karla Rúbia, Cássia e equipe do Ato de Quatro.